28 agosto 2016

Depressão e tristeza num mundo globalizado. Como lidar?

Por: Bel Florindo e Mi Soares.


“Você só valoriza as coisas, quando as perde”, com a felicidade é a mesma coisa, não podemos estar tão felizes o tempo inteiro, mas podemos e devemos valorizar cada minutinho de alegria que temos. Pois com tantas demandas e afazeres, muitas de nós acabam sucumbindo, sendo engolida por uma dor intensa e inexplicável, a depressão, esta quando “pega de jeito”, é um negócio muito complicado, que exige de nós empatia e muito respeito.

Temos que valorizar cada momento alegre que temos, e saber que tudo que acontece é para crescimento, para aprendizagem e que por mais que doa, vai doer, vai sangrar, vai sofrer, mas nada será impossível de atravessar e suportar, nenhuma carga vem para você, sem que você possa carregar. Isso é fato!!!
O convívio social, já não faz mais parte da sua rotina.  O que antes era uma simples fila de banco, hoje se tornou uma tortura, que parece injusta e interminável. E vamos e convenhamos, é nisso que toda a sociedade está se transformando, em longas filas à espera de alguma coisa; porém isso não vai mudar sua vida em absolutamente nada, porque as filas vão continuar ali cada vez maiores.  Uma forma de minimizar os danos, é você dar o passo inicial e querer entrar na fila. Distraia-se com um fone de ouvido, com notícia pelo celular, põe sua mente para focar em outra coisa, saiba enganar seu cérebro, isso pode ser de grande ajuda, não pense fixamente em algo que te faça mal e te incomoda, se foi posta em uma situação desconfortável, não se desespere, engane seu cérebro, essa pode ser uma saída.

Se o seu problema é levantar da cama, é sinal que você a considera um lugar seguro e confortável, então fique nela, mesmo porque, quem nunca acordou e quis ficar na cama o dia todo de pijama, fazendo sei lá o que, ou apenas nada?? Use esse momento para descansar sua mente, refletir ou simplesmente aprender, lendo um livro, vendo um vídeo, um tutorial de maquiagem na internet, um filme idiota dos anos 80, onde todos os personagens usam aqueles cabelos horríveis e ombreiras, mas ria de alguma coisa, force-se a isso, se isolar e simplesmente dormir, não vai lhe acrescentar em nada, faça como já foi dito aqui, engane seu cérebro...
Se você odeia ter que se levantar de manhã, significa que a vida tem novo começo e depois de passar a noite inteira dormindo, criou-se uma espécie de intimidade especial, que torna muito mais difícil o ato de levantar, o abrir mão dessa intimidade aconchegante.

Mesmo sabendo que o sol está se exibindo lá fora e o céu convida para a farra de viver, mesmo sabendo que há muitas providências a tomar, você ainda se sente insegura para dar o primeiro passo rumo à sua redenção. Você acha que “se animar” é depender de um antidepressivo, ou talvez esta seja sua única alternativa para o momento.
Engane sua mente, a psicologia funciona muito mais que a medicação, basta você tentar e por energia em coisas que te motivem a vencer o seu medo. Este pode ser o momento de trocar o dinheiro de medicamento por ingressos de cinemas, rodízios de pizza ou a simples pipoca de micro-ondas na casa de amigos rindo e falando besteira. Você precisa saber, que mesmo você tendo acordado triste, por mais que seja difícil sair da cama, por mais que se sinta com preguiça de cumprir os rituais, levante sem nem prestar atenção no que está sentindo, tome seu banho, coloque uma roupa, vá para o computador, vá às compras, reuniões, realize seus afazeres.... Reaja e tente obter energia para começar o dia.
Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente, as razões têm essa mania de serem discretas.


24 agosto 2016

Continue caminhando!



21 agosto 2016

Trabalho e vocação, um dilema antigo.

Por: Bel Florindo e Mi Soares

A vida profissional está atravessando um período crítico. O dinheiro, por incrível que pareça, está perdendo poder, principalmente para aqueles que já estão em posições privilegiadas. Uma vez que já se tem o dinheiro, a nova moeda vira a satisfação com a vida. Aquela vida estável depois de anos de trabalho estafante antes da aposentadoria não nos parece tão atrativa quanto era para os nossos pais.
Mas é óbvio que pedir demissão e ir viajar também não é a solução para esse problema, principalmente por não ser algo acessível para todo mundo. Além disso, tirar um período sabático pode ajudar e muito a clarear as ideias, fazer você mudar de carreira, abrir um negócio ou apenas te dar um gás para voltar ao seu trabalho antigo, mas a grande verdade é que precisamos do nosso trabalho e mais ainda, do trabalho das outras pessoas para viver.

O problema é que se apenas um em cada oito funcionários está feliz com o que faz, seja lá qual for o motivo, cada vez mais os produtos e serviços serão uma merda, concordam? Existem três jeitos de olhar para o trabalho: tarefa, carreira e vocação.
Tarefa é algo que você cumpre em troca de um pagamento, sem procurar outras recompensas. A carreira está vinculada a um investimento profissional mais profundo. Você trabalha pelo dinheiro, mas também pela ascensão e reconhecimento profissional. E a vocação é o compromisso apaixonado pelo trabalho. Quem tem uma vocação vê seu trabalho como uma contribuição para um bem maior, para algo além de si mesmo. O trabalho em si é o fator de realização, ainda que não haja dinheiro ou promoções em jogo.

Com esses três conceitos em mente, nos lembramos de todo mundo que já esteve trabalhando conosco, seja dando aula, como colega de trabalho ou oferecendo um simples serviço. É chocante perceber que são pouquíssimas as pessoas que trabalham por vocação. Mas quando paramos para pensar, elas provavelmente foram nossos professores preferidos, um colega ou chefe que admiramos muito ou nosso cabeleireiro! Esses profissionais, sem dúvida nenhuma, são os que oferecem as melhores experiências, os que trabalham mais felizes e os mais bem-sucedidos naquilo que fazem, independentemente da profissão.

Como você enxerga seu trabalho, tarefa, carreira ou vocação? Nenhum deles está errado, mas cada um gera um resultado diferente e é preciso entender se o jeito que você realiza está alinhado com as expectativas que você tem. Não adianta fazer sua tarefa bem feita, mas sem comprometimento, e esperar que ela seja reconhecida como algo que faz diferença na vida das pessoas. Também não adianta ficar frustrado porque você tem três anos de “firma” e não é promovido, se você não se dedica muito mais do que a média dos seus colegas. Quando você é capaz de fazer uma auto avaliação honesta, e consegue identificar o problema, fica mais fácil entender o que não está dando certo e mudar.
Outra coisa importante, se dê uma chance. Dizemos isso porque sempre amamos escrever e contar histórias, mas nunca pensamos que isso pudesse nos levar a lugar algum ou fosse nos fazer ganhar dinheiro. Hoje, mesmo não ganhando um centavo para escrever aqui, isso nos faz tão feliz quanto viajar e conhecer lugares novos.

Realmente acreditamos que aqueles que encontram sua vocação, não se importam em trabalhar mais horas do que o normal, nem se estão sendo pagos ou não. Não coincidentemente, são esses os profissionais que quase sempre ganham mais dinheiro, já que tendem a ser os melhores e os mais apaixonados por aquilo que fazem. Pense nisso, reflita e se sentir necessidade mude, não tenha medo de mudar. Tenha medo sim, de passar a vida toda no mesmo lugar, realizando algo que não te satisfaz nem como pessoa e nem como profissional. Experimente, saia do óbvio e veja o que acontece.

17 agosto 2016

Você pode!


14 agosto 2016

Donos da verdade e suas certezas absolutas.

Por: Bel Florindo e Mi Soares.


Ao longo da vida, nos deparamos com diversos tipos de personalidades, dentre tantas e diversificadas pessoas, tem sempre aquela que sente uma necessidade absurdamente doentia de se destacar entre os outros, aquela que se julga o ser mais importante do universo. Cuja opinião é uma verdade absoluta, que não pode jamais ser contrariada.

Pessoas que se enquadram dentro deste perfil, geralmente não admitem que se pense de forma diferente delas, não aceitam que existam diversos lados de uma mesma moeda e tampouco que não existe e nem nunca existirá verdade absoluta. Para elas ou o mundo é preto, ou é branco. E obviamente que quem não está com ela, está contra ela.
Os avanços na tecnologia e a democratização da informação, nos permite hoje, ter acesso a conteúdos, informações, opiniões e é claro achismos. Pessoas conseguem expressar suas verdades, únicas e absolutas, em tempo real, e sem a menor preocupação se aquilo afeta o outro de maneira positiva ou negativa.

“Quem se importa? É o que eu penso! ”, “Vivemos ou não em uma democracia? ”, “Temos direito a dar nossa opinião, se não gostou, só lamento. ”, “Ih, vai começar o mimimi...”

Quem nunca leu essas expressões, como argumentação em defesa de uma opinião? Pois é, a pessoa pensa algo, acredita que aquilo é de fato o certo, e sequer pensa no quanto aquilo pode ser ofensivo e agressivo para as outras pessoas. E porquê? Porque simplesmente o outro não importa, não conta, desde que eu tenha o direito de me expressar, desde que a minha verdade seja dita.
Diante de tantas questões, somos levados a pensar, o que estamos fazendo? O que estamos semeando? A troco de que semeamos tanto ódio e tanta discórdia, em nossas, nada humildes opiniões? Estamos na era onde muito se fala e pouco se sente. Muito se fala de religiosidade, mas pouco se sente disto. Muito se fala de espiritualidade, mas pouco se sente da mesma.

Andamos por aí jogando nossas frustrações e contrariedades nos outros, em forma de opiniões turvas, baseadas em sensos comuns igualmente turvos e dúbios. O que nos leva a perguntar: Para que tanta autoafirmação? O que de fato estamos tentando provar, quando queremos impor nossa opinião a outro ser que pensa diferente de nós?
Bem, o fato é que precisamos exercitar a empatia, precisamos mais do que nunca, aprender a lidar com o outro, admitindo suas falhas e limitações, precisamos ser complacentes com o outro e seus defeitos, assim como somos conosco. Ou por acaso saímos por aí fazendo autojulgamento e determinando nossos próprios erros como se fôssemos seres condenáveis que não carecem de defesa, que não precisam ser ouvidos? Definitivamente, não damos ao outro o mesmo tratamento que damos a nós mesmos. Aquela velha máxima, “Pimenta no olho dos outros, é refresco.”.

Tudo isso precisa servir para que busquemos uma evolução na forma de pensar e agir, que jamais tenhamos convicções imutáveis, pois essas tendem a nos induzir ao erro. Cuidado com seus excessos de certezas, com as necessidades extremas de expressar suas opiniões, principalmente quando esta se tratar de falta de respeito com o próximo. Tenha sempre em mente, que se você não é obrigado a aturar falta de respeito, o outro também não tem essa obrigação. Já dizia um sábio, “Na dúvida, não faça aos outros, aquilo que não quer que façam com você.”, não tem como dar errado.




10 agosto 2016

Bondade sempre.


07 agosto 2016

Espírito Olímpico: O despertar de um sonho.

Por: Bel Florindo e Mi Soares.



Finalmente chegamos na semana do maior evento de esporte do mundo, a Olimpíada. E tantas lembranças vem a mente, tantos sonhos. Lembro de mim quando criança assistindo às competições de ginástica olímpica, ficava encantada, achava lindo. Até hoje é o esporte que mais gosto de assistir. 

Lembro também de conservar o sonho de um dia assistir a uma competição, mas ao mesmo tempo, lembrava que precisava manter os pés no chão, pois esses eventos de nivel mundial sempre aconteciam fora do país, e imagina se um dia eu iria para fora do país?!

Quando criança não temos noção de que longe é o céu, e ainda assim, todos desejamos ir para lá. Literalmente o céu é o limite, quando estamos vivos.

Mas as crianças crescem (ainda bem), adquirem nova visão de mundo, de dinheiro, de distância... de forma que aquilo que até então parecia impossível, hoje se tornou apenas mais um ítem na infinita lista de desejos, cujas metas já estão estabelecidas para tornar tudo plenamente realizável. E pra completar, aquilo que nunca pensei que fosse viver pra ver, aconteceu, meu país foi escolhido como sede da edição dos Jogos Olímpicos de 2016.

Tudo lindo! Tudo maravilhoso! Uma festa que vai marcar nosso país para o resto da vida, salvo o detalhe de estarmos enfrentando tantos problemas internos, estruturais e de ordem política. Problemas imensamente constrangedores, que quase conseguem abafar toda a beleza desse evento tão cheio de significados, tanto para os atletas quanto para os demais amantes do esporte.

Mas esse texto não é para ser mais um textão espinafrando a Cidade Sede, no caso o Rio de Janeiro, e tampouco para ficar ruminando os nossos problemas, pois não existe necessidade de ficar enfiando o dedo em ferida aberta, todos sabemos exatamente onde os nossos “calos apertam”. Na verdade esse texto é para nos ajudar a lembrar, daquilo que estamos quase nos esquecendo, o chamado Espírito Olímpico.
  
Em época de Olimpíada todos respiram esporte, todos se voltam para o evento. Contagiante, talvez este seja o adjetivo que melhor define a Olimpíada. A atmosfera muda, a rotina da cidade tende a girar em torno dos horários dos jogos, nessa época vale até conseguir uma folguinha do trabalho para assistir a uma apresentação ou outra. E o carioca em especial, melhor que qualquer outro povo no mundo, deve saber nesse momento o quanto essa atmosfera Olímpica mudou/muda e ainda mudará, sua rotina.

Superação de limites, lágrimas de glória ou de desespero se misturam nas quadras, tatames e ginásios. Esse espírito toma conta das emoções, gerando uma vibração única em torno daqueles que duelam, dos que fazem das Olimpíadas o maior espetáculo da Terra.  Isso para não citar os leigos (nós), que assistem pela tv, mas que querem ver seu país ganhando mais uma medalha olímpica, e se esta for de outro melhor ainda, porém, mesmo que seja prata ou bronze, será comemorada da mesma maneira, pois o que se quer mesmo é comemorar a vitória do seu país.

Toda essa magia se traduz no esforço de gigantes, em dar o sangue, haja visto nossos atletas, que em sua maioria não tem grandes patrocínios ou ajuda do governo... No valor real que existe em doar-se, no verdadeiro significado de união e patriotismo, porque nesses tempos, todos tem orgulho de servir seu país. O respeito e a compreensão são mais latentes e habituais que de costume, todos se tornam mais solidários, mais humanos e parceiros com seus adversários.

Sabemos que temos problemas graves, tanto organizacionais quanto sistêmicos, e sabemos também que não podemos jamais vendar os olhos para nossa real situação, outubro está aí e teremos nova oportunidade de fazer a diferença. Porém, não podemos negar que esse evento trouxe coisas boas consigo, mas que a melhor delas ainda é toda essa atmosfera rica de humanidade e solidariedade, se existe um real legado de tudo isso, sem sombra de dúvida é este, o tão falado Espírito Olímpico.

03 agosto 2016

Respeito acima de tudo.