Por: Bel Florindo e Mi Soares.
Ao longo da
vida, nos deparamos com diversos tipos de personalidades, dentre tantas e
diversificadas pessoas, tem sempre aquela que sente uma necessidade
absurdamente doentia de se destacar entre os outros, aquela que se julga o ser
mais importante do universo. Cuja opinião é uma verdade absoluta, que não pode
jamais ser contrariada.
Pessoas que se
enquadram dentro deste perfil, geralmente não admitem que se pense de forma
diferente delas, não aceitam que existam diversos lados de uma mesma moeda e
tampouco que não existe e nem nunca existirá verdade absoluta. Para elas ou o
mundo é preto, ou é branco. E obviamente que quem não está com ela, está contra
ela.
Os avanços na
tecnologia e a democratização da informação, nos permite hoje, ter acesso a
conteúdos, informações, opiniões e é claro achismos. Pessoas conseguem expressar
suas verdades, únicas e absolutas, em tempo real, e sem a menor preocupação se
aquilo afeta o outro de maneira positiva ou negativa.
“Quem se
importa? É o que eu penso! ”, “Vivemos ou não em uma democracia? ”, “Temos
direito a dar nossa opinião, se não gostou, só lamento. ”, “Ih, vai começar o
mimimi...”
Quem nunca leu
essas expressões, como argumentação em defesa de uma opinião? Pois é, a pessoa
pensa algo, acredita que aquilo é de fato o certo, e sequer pensa no quanto
aquilo pode ser ofensivo e agressivo para as outras pessoas. E porquê? Porque
simplesmente o outro não importa, não conta, desde que eu tenha o direito de me
expressar, desde que a minha verdade seja dita.
Diante de
tantas questões, somos levados a pensar, o que estamos fazendo? O que estamos
semeando? A troco de que semeamos tanto ódio e tanta discórdia, em nossas, nada
humildes opiniões? Estamos na era onde muito se fala e pouco se sente. Muito se
fala de religiosidade, mas pouco se sente disto. Muito se fala de
espiritualidade, mas pouco se sente da mesma.
Andamos por aí
jogando nossas frustrações e contrariedades nos outros, em forma de opiniões
turvas, baseadas em sensos comuns igualmente turvos e dúbios. O que nos leva a
perguntar: Para que tanta autoafirmação? O que de fato estamos tentando provar,
quando queremos impor nossa opinião a outro ser que pensa diferente de nós?
Bem, o fato é
que precisamos exercitar a empatia, precisamos mais do que nunca, aprender a
lidar com o outro, admitindo suas falhas e limitações, precisamos ser
complacentes com o outro e seus defeitos, assim como somos conosco. Ou por
acaso saímos por aí fazendo autojulgamento e determinando nossos próprios erros
como se fôssemos seres condenáveis que não carecem de defesa, que não precisam
ser ouvidos? Definitivamente, não damos ao outro o mesmo tratamento que damos a
nós mesmos. Aquela velha máxima, “Pimenta no olho dos outros, é refresco.”.
Tudo isso
precisa servir para que busquemos uma evolução na forma de pensar e agir, que
jamais tenhamos convicções imutáveis, pois essas tendem a nos induzir ao erro.
Cuidado com seus excessos de certezas, com as necessidades extremas de
expressar suas opiniões, principalmente quando esta se tratar de falta de
respeito com o próximo. Tenha sempre em mente, que se você não é obrigado a
aturar falta de respeito, o outro também não tem essa obrigação. Já dizia um
sábio, “Na dúvida, não faça aos outros, aquilo que não quer que façam com
você.”, não tem como dar errado.
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